18 de julho de 2009

Para todos que ainda não desistiram de acessar esse blog...

... agradeço por terem a paciência de buscar novas atualizações, apesar do nosso descaso temporário com vocês, com o blog e com nós mesmos um pouco.

Pulando partes que serão ainda melhor detalhadas, 3 dos 5 integrantes, nesse momento já alcançaram solo pátrio. Rienzy, Igor e Kimã já dormem em suas confortáveis camas, comem das nossas tradicionais (e deliciosas) comidas regionais e festejam o lar, doce lar tão merecido depois de 6 meses de aventuras em terras sulamericanas. Continuamos eu e mano Petrus (O Mago) em nossa jornada seguindo ao sul e em breve alcançando o Brasil. Já depois de 1 mês e 20 dias na Colômbia, estamos conhecendo, nesse momento, o belo centro histórico e os vulcões que rodeam Quito, capital do Equador com seus quase 3 000 metros de altitude.

Muita coisa aconteceu desde a última atualização até agora... Muita gente que conhecemos, muitas realidades exploradas, muitas paisagens bonitas .... ah, os Andes ....

Por enquanto, ficarei devendo maiores informações e fotos dos lugares que visitamos.

Por enquanto falo apenas de muitas das pessoas que conhecemos. É incrível saber que existem pessoas de bom coração no mundo, e não apenas saber mas conviver e comprovar. Como a família de Colombianos que nos hospedaram em sua casa nas nossas últimas semanas na Venezuela, ou como os amigos que conhecemos em Bogotá... esse convivio nos faz perceber o quanto estamos cegos de desconfiança de tudo e de todos e não nos damos conta. Há tanta gente interessante para se trocar experiências... e não permitimos que essas se aproximem... Fomos e somos induzidos (a própria história explica) a temer o desconhecido.

Mas conhecendo pessoas assim tão boas ao longo de toda nossa viagem, vemos que apesar de seres humanos involuntariamente corrompidos, ainda temos salvação.

8 de maio de 2009

Montanhas e mais montanhas...

Subimos o pico oriental e novamente vou ficar devendo as fotos


Mas só para atualizar vou mandar uma foto da vista de onde estamos ficando aqui em Mérida:


Simplesmente um dia as nuvens se afastaram e esta assim...

Mas só pra atualizar o pessoal com fotos...

Eu com tranças e com barba...e o depois hahahahha(meio hippie né?)

Petrus sendo ele mesmo.

































Essa é uma galera muy buena onda da suiça Simon(o cara mais doido que eu já conheci! hahaha), Mattheu e Mime a namorada colombiana de Simon, que conhecemos por aqui...



















Galera sagaz tomando picolé nos Andes:





















Vale salientar que Petrus, o Velho, está com cara de triste por que se lembrou que na sua idade nao pode ficar tomando picolé assim por causa da gripe..hahAUhuHAhuAhU


p.s : Vespa: nao digo o que é arepa! hahahahhhah

http://es.wikipedia.org/wiki/Arepa

hahahah olha ai!

27 de abril de 2009

Nas nuvens...

05/03/2009... Foi o dia que, meio de supetao, saímos de Puerto Ordaz em direçao a Caracas... A cidade que nos permitiu conhecer muita gente interessante... e nos deixou um pouco acomodados também depois de mais de 1 mês de estadia... Internet a disposiçao... Os copos de aveia no lanche da tarde... as culinárias realizadas nos lugares mais óbvios possíveis...

e claro, o convívio diário com os seguranças já que usávamos o banheiro deles para tomar banho, tinham uns muito tranquilos como o nosso amigo Mário... outros a convivencia nao era tao pacifica... mas a noite sempre terminava da mesma maneira... eles nos trancavam no piso 6 (ê piso 6!) e de lá só saíamos no outro dia pela manha. Mas no geral, eram gente boa!



Antes de nos despedirmos de vez de Caracas, de Luís, de Diana, de George, da Aveia e de Mário, tomamos a mesma direçao que tinhamos ido para a cachoeira com George semanas antes, mas dessa vez, andamos mais de 4 km para chegar até o topo do Pico Oriental... um dos mais altos que envolvem a paisagem panorâmica de Caracas e sempre aparece nas fotos da cidade escondida entre as nuvens...


entre as nuvens... pois bem...


A súbida foi cansativa... Tínhamos que parar o tempo inteiro para descansar, mas nao era interessante se deter muito tempo, pois nao parecia ser uma boa idéia chegar ao topo a noite. E foi cansativo...


O primeiro estágio era chegar na Silla, um espaço entre o Pico Oriental e o Pico Ocidental onde pensávamos que iríamos encontrar água... seca ilusao... quando chegamos na Silla encontramos uns caras que estavam fazendo o mesmo caminho que nós e nos presentearam com essa informaçao... pensávamos que teria algum posto de assistência a desocupados que gostam de subir picos altos, cansativos e perigosos... pois é, nao tinha, descobrimos um pouco tarde isso, pois já estávamos quase sem água. Mas enfim... já nao tinha muito o que fazer... subimos... e subimos... e quase sem força para continuar descobrimos uma bela vista... e todos os fenomenos naturais que nos fazem querer ver sempre mais ... Foi mais ou menos isso que aconteceu.

Depois de tanta mata fechada me sentia nas nuvens (literalmente) podendo disfrutar de uma visao panoramica tao rica... Frio, fome e sede as vezes compensa... mas deixando os dramas de lado, chegamos no fim da tarde no topo e de lá pudemos ver o sol se pôr no horizonte... até tenho umas fotos aqui para mostrar o que vi... mas confesso que nao passa perto do que é subir aquilo tudo e poder admirar um espetáculo de cores vivas entre raios de sol, sombras de montanhas e nuvens...

Eita mulesta!



Dormimos lá e podemos comer as arepas geladas mais gostosas que já comi desde que aqui entrei quando Petrus e Kima se juntaram a nós, eu, Rienzy e Igor iniciamos a subida antes deles.
Depois da noite fria e um pouco mal dormida, tudo valeu a pena de novo, a manha que logo se tornou nublada e que poderia ter sido mais clara, também proporcionou outro vislumbramento único acima das nuvens.

Aqui embaixo estao as nuvens... aqueles pontinhos brancos mais embaixo é Caracas



Com pouca água descemos com sede e fome. A montanha parece castigar os músculos das pernas dos desavisados. Nao me esqueço mais quando cheguei até a torneira mais próxima e pude beber água... Estava nas nuvens outra vez...



Ah, e hoje é aniversáio do famigerado Indio.
Parabéns ae seu cabra!








Ps. Por falta de tempo, ficarei devendo as fotos que registrei dos momentos ocorridos...
Mas voltarei!

23 de abril de 2009

Só pra nao dizer que eu nao mando noticias...
Subi a montanha...hahahahahha
Infelizmente agora eu estou sem as fotos entao depois eu escrevo algo mais completo!

Inté!

5 de abril de 2009

Figuras Carimbadas

Pela estrada encontramos alguns personagens que, como se diz na nossa Paraíba, são verdadeiras figuras! Basicamente são pessoas que em um curto espaço de tempo se tornaram nossos amigos como se nos conhecessem a anos. Vou tentar aqui resumir um pouco de nossa história com os anfitriões venezuelanos.


X-35: Habitante de Santa Elena de Uairén, faz parte do grupo NEFT. Vive com sua mulher 13 e seu filho Cosmo em um sítio, onde buscam uma maneira de viver que lhes sejam adequada, isto é, sem seguir chavistas ou anti-chavistas - fazem parte de um terceiro grupo político da Venezuela. Esse grupo é o que não vota no Si ou no No, o grupo da alternativa, do talvez. Dale, Dios 35!!





Eduardo: De família espanhola, é um sujeito muito culto que parece saber tudo a respeito da Venezuela, desde as melhores cachoeiras à melhor música. Com seu jeito peculiar e meio didático de falar, nos impressionou seu comprometimento aos seus ideais - apesar de toda sua cultura, prefere trabalhar no campo e em construção civil, longe de aquisição de riquezas.






Justo: Espanhol, está a três anos viajando pela América Latina. É chefe de cozinha por profissão e chegou na casa de 35 em cima de uma bicicleta, apesar de seu pé quase em estado terminal (exagero é bom e eu gosto). Marcou por utilizar o copo de Igor e a panela do almoço para lavar seu pé inxado... um tanto desagradável.







George, vulgo Mestre dos Magos: Grande mestre dos magos! Nosso primeiro anfitriao de Caracas, aparece e reaparece sem seguir um padrão físico plausível. No banheiro, no metrô, na UBV, quando você menos espera - lá está George! É claro, sem mencionar sua maneira de andar única, contando com passinhos de salsa, assobio e estalado de dedos... figuraça!!







Luís Millán: Não tem nem como descrever o tanto que esse cara nos ajudou. O coordenador nacional de estudos políticos e governo desde o começo nos tratou como verdadeiros amigos do peito. É válido ressaltar seu bom gosto pela música e pela matemática, claro! Não poderíamos estar mais gratos por todo o companheirismo desse torcedor da seleção canarinha... Valeu, seu Luís!!





Diana: Professora brasileira da UBV, trabalha junto com o Luís na Coordenação de Estudos Políticos e Governo. Desde que chegamos em Caracas ela nos passou todos os contatos possíveis de brasileiros e figuras políticas da cidade. Apesar de tudo ainda foi meio chato lembrar com ela do sabor da comida brasileira comparado aos pães com mortadela que temos que comer aqui... fazer o quê? Mortadela é vida! hehe






Freddie: Parceiro que nos recebeu incrivelmente bem na Posada de la Vida. É um artista que faz vitrais, ganhou muito dinheiro, rodou o mundo e quase perdeu tudo por conta das drogas (inclusive sua mulher e filha a quem tanto ama). Sempre nos passava umas arepas roubadas do restaurante da pousada enquanto nos impressionava com sua história de vida.






Wallace: Carioca botafoguense (pasme, Furunco!! Encontramos enfim outro botafoguense!), chegou em Caracas a fins de pesquisa para seu doutorado. Depois de perder seu vôo de volta para o Brasil, veio parar na UBV e por acaso acabamos esbarrando com ele. Subimos à Coordenação e passamos a noite rindo e compartilhando nossas impressões da cultura venezuelana. Foram poucas horas juntos, mas nos despedimos felizes de ter feito um novo amigo... por mais que seu gosto pelo futebol seja zuado hehehe (sacanagem).




Faltaram alguns elementos... mas esses permanecem no pensamento!
Sem mais, hasta luego, chamos!!

4 de abril de 2009

Luís VS Luís

Enquanto esperavamos o passaporte de Rienzy(quanta inconvêniencia para uma pessoa só), fomos testemunhas de um embate EMOCINAAANTE, entre Brasil e Venezuela.

2 de abril de 2009

Excesso de bagagem

Bueno, como vocês devem ter notado faz algum tempo que estamos em Caracas. Só para esclarecer: A culpa é de Rienzy! Ele perdeu o passaporte e agora teremos que ficar aqui até que se resolva isso. Palmas pra Rienzy galera! rsrs

Mas essa postagem nao é para denegrir a imagem do colega(isso virá depois...rsrs), dessa vez venho falar de uma situaçao muito comum durante uma viagem: o excesso de bagagem

Depois de um tempo de viagem, ao colocar a mochila nas costas, é muito fácil dizer se ela está mais pesada ou mais leve do que antes. É simples dizer se você está esquecendo algo, ou levando mais do que deveria.

Umas coisas pesam mais do que outras, entao é possível que você nao note uma camisa ou uma calça a mais que esteja levado, mas com certeza vai notar uma arrogância, temerosidade, ou aquela velha insegurança que você esqueceu de tirar da mala antes de sair de casa.
















O mochileiro tem que ser antes de tudo prático, nao deve carregar peso extra, de forma que mais cedo ou mais tarde vai ter que tomar a decisao de abandonar algumas coisas pelo caminho. Mas também encontramos coisas pelo caminho que podemos ou nao levar conosco. Às vezes parece que passamos por uma peneira, e no final tudo resta é exatamente aquilo que precisamos. Entao mesmo que sejamos teimosos em manter coisas desnecessárias, mais cedo ou mais tarde até a própria teimosia fica pelo caminho.















É interessante onde e quando achamos as coisas. Petrus por exemplo está sempre achando coisas pelo chao. Nao passa um dia sem que ele ache algo, na rua , no banheiro, em cima de uma árvore, etc. Já eu, nao acho coisas o tempo todo, mas eu tenho minha cota de sorte, já achei coisas muito interessantes no metrô de Caracas, por exemplo.















Interessante também é o que nos faz perceber que estamos levando algo que nao deveriamos.

Alguns dias atrás George, deixou a barraca de Kima no posto do guarda parque no monte Ávila. Entao eu e o Sr. Cucarachita tivemos ir ao monte para buscar a barraca. Pouco antes de chegar ao pé da montanha achei uma bota no rua. Em "perfeito" estado.

Obviamente como nao poderia deixar de acontecer comigo ele nao deixou a barraca no pé do monte. Nao. Ele deixou lá em cima, e nós subimos para busca-la.

A subida que já nao é muito fácil, ficou ainda mais interessante, quando o guia nos pediu ajuda para levar uma feira para o posto do guarda parque. Imaginem a gente carregando as compras montanha acima.

Com o peso de tudo aquilo e mais minha bolsa tive que deixar a bota na montanha, para tentar chegar de pé lá em cima. Engraçado, às vezes as situaçoes mais inusitadas nos fazem pensar.















Lá subindo a montanha com os sacos de supermercado consegui responder uma pergunta que estava me fazendo desde que fui ao Parque Miranda procurar uma coisa que tinha perdido.

Porque eu estava procurando aquela coisa?

A resposta era que nao fazia sentindo, porque eu nao precisava dela.

Na subida, Kima ficou numa parada, e eu segui com as compras para pegar a barraca. Pedi informaçoes sobre como chegar no guarda parque(explendida forma de subir uma montanha: pedir informaçoes...¬¬), e como eu tenho muita sorte me deram a informaçao errada. Entao eu subi, e subi, e subi...

E o saco da carne rasgou...

Voltei pra dizer para Kima que o guarda parque era que nem deus(nao existe, sacaram a piada sagaz? ¬¬)

E descobri que era exatamente onde eu tinha deixado Kima.

Lá embaixo descobri a bota exatamente onde eu a havia deixado. Me senti com sorte. Ganhei uma bota de presente, mas havia deixado algo lá em cima no Ávila.

De qualquer forma eu desci com a sensaçao de me livrar de um peso desagradavel.

Nao sei ao certo o que deixei por lá. Mas eu estava com algo desnecessário.

E com certeza agora estou mais leve.
















p.s: Gracias a una chica que me hizo darme cuenta de eso

=D

24 de março de 2009

Mensagem de Apoio aos estudantes campinenses


Há exatamente uma semana Campina Grande assiste – quase sem reação – a protestos e mobilizações da classe estudantil contra o aumento tarifário nas passagens de transporte público, que passa de R$1,55 para R$1,70. O aumento foi concedido pelo juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública, Ruy Jander Teixeira, no dia 11 deste mês e deveria entrar em vigor (segundo os planos da SITRANS - Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Campina Grande) na sexta feira dia 13, mas o aumento da tarifa só foi autorizado pelo prefeito Veneziano Vital do Rego na última terça feira (17) sob a ameaça de receber multa diária de R$5 mil por descumprir ordem judicial. Então há o posicionamento da prefeitura que recorre a decisão da Justiça.

Diante do anúncio de mais um aumento tarifário, movimentos estudantis campinenses articularam-se e realizaram o primeiro protesto contra a medida na segunda feira (16), onde foram fechadas avenidas da cidade. Em seguida o movimento dirigiu-se ao SITRANS em protesto também a declaração do superintendente da instituição, Anchieta Bernardino, que culpou os estudantes como causa de necessidade do aumento. Após arremesso de ovos na fachada do prédio os protestantes invadem o terminal de integração onde realizam protesto e em seguida a dispersão do movimento com seus participantes usufruindo gratuitamente do sistema de transporte coletivo.

Na terça feira, segundo dia de protestos, os estudantes da UEPB, estudantes secundaristas (principalmente do Colégio Estadual da Prata) e alguns poucos estudantes da UFCG fecharam o trânsito da cidade novamente, mas dessa vez o alvo principal era outro: A prefeitura. Houve a invasão do prédio da Secretaria de Finanças e Administração e a exigência de um diálogo com o prefeito. Após algumas horas no prédio e um telefonema avisando que o prefeito estaria na cidade de João Pessoa em reunião o movimento segue novamente para o terminal de integração que é invadido e há a promessa de um novo protesto.

Após interditar as ruas do centro da cidade no terceiro dia de mobilização (quinta feira, 15), a Câmara de Vereadores é ocupada pelos estudantes que realizam sua reivindicação e o presidente do Poder Legislativo afirma estar disposto a marcar audiência com os estudantes. Após a dispersão do movimento no terminal de integração entra em cena a polícia com seu despreparo, autoritarismo e brutalidade que tomam alguns estudantes como bodes expiatórios sendo agredidos e presos sob acusação de dano ao patrimônio público e desacato a autoridade.

Chega a ser vergonhoso algumas atitudes e veiculação de informações nos meios de comunicação. No dia seguinte a agressão policial todos os noticiários de TV, rádio e jornal impresso falavam em “Confronto de estudantes contra policiais”, mas como iria haver confronto se a polícia agrediu e prendeu estudantes sob a acusação de danificar o patrimônio público que encontrava-se e permanece intacto até o presente momento, estudantes que foram surpreendidos e não puderam reagir diante da covardia policial?

Os sete estudantes levados a delegacia foram liberados e responderão processo em liberdade, mas após exames de corpo e delito e a apresentação de vídeos da ação policial (além de depoimentos de testemunhas presentes no local) serão realizadas investigações sobre as agressões e abuso de poder, que provavelmente terá seus algozes impunes.

Hoje após pagar a passagem em um ônibus da empresa Cabral perguntei ao cobrador o que ele achava sobre o aumento. Sua resposta foi: “Eu não posso achar nada”.

Há exatamente uma semana Campina Grande assiste a protestos contra o aumento da passagem de transporte público. Há exatamente uma semana viemos lutando por nossos direitos e contra o aumento abusivo que anualmente é imposto pelos grandes empresários. Cabe perguntar se é hora de desistir após agressão policial, ou se você, cidadão também não tem o direito de “achar nada”.

TEXTO "ROUBADO" DE SANDRO "VESPA" MANGUEIRA - ESTUDANTE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UEPB

19 de março de 2009

Protestos em CG
















Nesse momento acabamos de ver imagens dos protestos ai em Campina, e realmente eu tenho que dizer o quanto estou chateado (mas nao surpreso) com mais esse aumento no preço das passagens.

Pra variar, a policia fez o seu "trabalho", e foram, se nao me engano, 8 estudantes presos, fora as agressoes de praxe.

Acreditem, hoje, mais do que nunca eu queria estar ai em Campina com vocês.

Força companheiros!



Foto roubada de Thiago Judeu

O país dos Anfitriões! "¡Dale, Venezuela!"

Petrus de namorico com seu mangueador, Eu de sorriso amarelo, Rienzy com cara de desconfiado, Igor dormindo e Luís com cara de PJ! hehe

Bom, aqui vai minha primeira postagem no blog, um pouco de minha visão das coisas que estamos vivendo, do que estamos sentindo na Venezuela! Mas antes eu digo que leiam, comentem, riam, se preocupem, mas se tiverem a oportunidade não deixem de fazer algo semelhante ao que estamos fazendo. Nem que seja por dias, semanas. Se quiserem meses, anos.. façam como lhes for conveniente. Mas, se puderem, não deixem de fazer; ler tudo o que estamos passando não fará alguém sentir a sensação de estar nisso, de tirar suas próprias fotos, conclusões, ouvir, conversar, etc.

"Bueno", falar um pouco de Santa Elena de Uairen é algo que os meninos explicaram bem! Já tinha ido lá, mas não dessa maneira tão nova! Conhecer uma galera muito mais que bacana, como "El Dios X-35", sua mulher "13" e seu filho Cosmo, além de "Lord Eduardo Sanchez"/"Satanás", "Pakal" e Holffman, um cachorrinho muito elétrico que além nos arranhar e morder bastante e pedir comida, deu um jeito de rasgar um pedaço da calça de PJ! hehehe! Ah, e não podia esquecer dos mosquitos que deram conta de mostrar quem realmente é dono da Gran Sabana!
Foi essa galera que nos recebeu no lugar onde mora, da melhor maneira! Começamos nossa viagem com uma sorte em conhecê-los! O lugar é muito bonito, além de nos trazer a um contato maior com a natureza e esquecer um pouquinho de um mundo um tanto complicado. Conviver com esses "chamos" durante três dias nos mostrou a maravilha de cozinhar na lenha, dividir uma sopa deliciosa feita com Ají(um tipo de pimentão pequeno) e Plátano(Banana comprida verde, que se cozinha junto com a sopa), tocar um pouco de flauta e melódica com Pakal, acordar ao canto de pássaros e ouvir a boa conversa de toda a galera auto-denominada de "Terceiro Grupo". Conversamos muito sobre suas opiniões políticas e o que percebi foi uma certa insatisfação com a idéia que se tem sobre política na Venezuela. PARA ELES, enquanto se faz um jogo Direita x Esquerda, onde a publicidade é o foco da questão, tanto por parte do governo quanto dos "Escuálidos"(como se chamam os opositores de direita aqui), o povo está cego e não há uma mudança real de pensamento, apenas uma idolatria que, historicamente, mostra o retrocesso dos processos de possível mudança social. E Santa Elena foi só a primeira cidade... Nada de agarrar conceitos cedo demais. Mas me guardei numa pergunta, que se aplica não somente à Venezuela:

As Pessoas realmente pensam de forma crítica ou acham que pensam, porque alguém/algo lhes manipula até que elas acreditem q estão pensando?

[...]

Agora estamos em Caracas, vendo outras coisas acontecerem, e ainda é muito cedo para termos uma opini
ão bem concreta do que estamos observando.
E enquanto procuramos respostas para uma série de questionamentos que nos aparecem, indo atrás de gravações para o nosso documentário, vi que estamos num País tão peculiar que chega a ser difícil descrever tanta novidade. Aos poucos tentaremos descrever isso tudo!

A Venezuela, como exemplificou Eduardo e 35 em Santa Elena (e eu não paro de repitir, pois foi um adjetivo bem encaixado), é como um Mini-Mundo, cheio de diferenças de clima, vegetação, relevo... Aqui se vê Gran Sabana, com montanhas, quedas d'água, uma paisagem maravilhosa e natureza rica por estar no maciço das guianas(região dos tepuis), se vê Los Llanos, região que ainda não conhecemos mas escutamos falar do povo muito solícito e batalhador, que dribla as adversidades da natureza, por viverem numa terra difícil, como no Nordeste do Brasil, se vê Mar do Caribe, com praias que parecem paraísos fictícios de propagandas de creme dental(hehe), se vê a região dos Andes, desertos, floresta amazônica... uma variedade da porra!


E se vê Caracas, cidade de clima tropical que nos presenteou com um friozinho de surpresa! Ah, e que também nos surpreendeu, olha o que se vê no meio da cidade:
Monte Ávila, ao fundo.

Foto tirada por um de nós. Ao fundo, mais uma vez, a montanha.

Além do país do "No se puede" sinceramente, para mim, estamos mais no País do "Sinta-se em casa!". Para os brasileiros que foram maltratados aqui e colocaram um certo medo na gente, desculpem-nos, mas, ou estamos com uma sorte do Cacête, ou as pessoas daqui têm o maravilhoso e típico sangue latino! Eu, particularmente, fico com a segunda opção! De Santa Elena até aqui, além de tantas aventuras que passamos em um só dia em Puerto Ordaz(como Igor transmitiu), com direito a uma dormida nos Bombeiros, um chá de cadeira de quase 8 horas em uma prefeitura e etc e tal, tivemos uma recepção em Caracas que não esperávamos, afinal, chegamos atrasados devido ao Ônibus! Mas quem estava nos esperando para dormir com a gente? George, amigo que os meninos conheceram no Barco na ida de Belém a Manaus. Além de sua maneira de andar bem particular, de aparecer quando menos esperamos e de assobiar canções como Asa Branca e Garota de Ipanema(coisas que nós 5 não sabemos fazer como ele!) enquanto caminha, George foi e está sendo um anfitrião e guia sem igual. Não mediu esforços em nos ajudar nos trazendo na UBV(onde estamos ficando agora), na "Posada de la Vida", onde ficamos nos primeiros dias, no "Cuartel San Carlos", onde tentamos ficar... Nos mostrando a cidade, ensinando a pegar metrô! É pouco ou tá bom? hehe!
Essa foto precisa de legenda? kkkkk! George apresentando um leão tristonho de Caracas a uma parte do grupo!

George foi só a primeira de tantas outras pessoas que estão fazendo da nossa estadia aqui um prazer. Ralamos um pouquinho pra rir depois comendo pão com mortadela e beber a bendita Aveia no refeitório da UBV(vocês escutar mais dela depois), dar valor à comida que por vezes nem demos falta quando estamos em casa, bem tranquilos, só esperando alguém nos servir.

E isso é só o começo! Além de George, nomes como Luis Millan, Diana, Freddy e outros mais vocês vão escutar muito nas outras postagens!

Posso dizer com certeza que o frio de Caracas que me pegou de surpresa tá sendo compensado com o calor humano que encontrei aqui!

"¡Dale, Papa! Vamos aprovechar toda esta vaina, ¿si?"
Galera da pesada: Saskia e Till(Galera da Alemanha), Igor, Eu, George, Luís, Petrus e Rienzy!

P.S.: Às nossos pais e outros que n
ão gostem de palavrão, me desculpem, foi só pra enfatizar!