e claro, o convívio diário com os seguranças já que usávamos o banheiro deles para tomar banho, tinham uns muito tranquilos como o nosso amigo Mário... outros a convivencia nao era tao pacifica... mas a noite sempre terminava da mesma maneira... eles nos trancavam no piso 6 (ê piso 6!) e de lá só saíamos no outro dia pela manha. Mas no geral, eram gente boa!
Antes de nos despedirmos de vez de Caracas, de Luís, de Diana, de George, da Aveia e de Mário, tomamos a mesma direçao que tinhamos ido para a cachoeira com George semanas antes, mas dessa vez, andamos mais de 4 km para chegar até o topo do Pico Oriental... um dos mais altos que envolvem a paisagem panorâmica de Caracas e sempre aparece nas fotos da cidade escondida entre as nuvens...
entre as nuvens... pois bem...
A súbida foi cansativa... Tínhamos que parar o tempo inteiro para descansar, mas nao era interessante se deter muito tempo, pois nao parecia ser uma boa idéia chegar ao topo a noite. E foi cansativo...
O primeiro estágio era chegar na Silla, um espaço entre o Pico Oriental e o Pico Ocidental onde pensávamos que iríamos encontrar água... seca ilusao... quando chegamos na Silla encontramos uns caras que estavam fazendo o mesmo caminho que nós e nos presentearam com essa informaçao... pensávamos que teria algum posto de assistência a desocupados que gostam de subir picos altos, cansativos e perigosos... pois é, nao tinha, descobrimos um pouco tarde isso, pois já estávamos quase sem água. Mas enfim... já nao tinha muito o que fazer... subimos... e subimos... e quase sem força para continuar descobrimos uma bela vista... e todos os fenomenos naturais que nos fazem querer ver sempre mais ... Foi mais ou menos isso que aconteceu.
Depois de tanta mata fechada me sentia nas nuvens (literalmente) podendo disfrutar de uma visao panoramica tao rica... Frio, fome e sede as vezes compensa... mas deixando os dramas de lado, chegamos no fim da tarde no topo e de lá pudemos ver o sol se pôr no horizonte... até tenho umas fotos aqui para mostrar o que vi... mas confesso que nao passa perto do que é subir aquilo tudo e poder admirar um espetáculo de cores vivas entre raios de sol, sombras de montanhas e nuvens...
Eita mulesta!
Dormimos lá e podemos comer as arepas geladas mais gostosas que já comi desde que aqui entrei quando Petrus e Kima se juntaram a nós, eu, Rienzy e Igor iniciamos a subida antes deles.
Depois da noite fria e um pouco mal dormida, tudo valeu a pena de novo, a manha que logo se tornou nublada e que poderia ter sido mais clara, também proporcionou outro vislumbramento único acima das nuvens.
Com pouca água descemos com sede e fome. A montanha parece castigar os músculos das pernas dos desavisados. Nao me esqueço mais quando cheguei até a torneira mais próxima e pude beber água... Estava nas nuvens outra vez...
Ah, e hoje é aniversáio do famigerado Indio.
Parabéns ae seu cabra!
Ps. Por falta de tempo, ficarei devendo as fotos que registrei dos momentos ocorridos...
Mas voltarei!