11 de fevereiro de 2009

Rio Amazonas e chegada em Manaus

Comer feijão à vontade em terra firma é uma sensação inenarrável!

Nossa chegada na madrugada do Domingo para a segunda-feira marcou o fim de uma semana de alimentação limitada (Cream Cracker e Macarrão em excesso!), momentos descontraídos, momentos entediantes, diálogos proveitosos e a beleza e o mistério que cerca a imensidão do Amazonas.

O Rio é constituído de belezas distintas e de uma profunda capacidade de inspirar reflexões no homem.

Assim me senti quando observei e até me emocionei com as imagens belas, porém frias e tristes de crianças ribeirinhas se deslocando da costa do rio em suas pequenas e frágeis canoas para pedir roupas e comida para as pessoas que navegam nos grandes barcos.



As palafitas em que vivem exibem condições inferiores as que uma criança deveria ter para crescer e desenvolver a infância tão justa e prometida ao ser humano.

A imensidão das infinitas águas amazonenses nos envolve em ondas de pura filosofia e reflexão, principalmente quando podemos contemplar tão exuberante pôr do sol em meio às águas.

Além do exterior natural que compõe a estrutura visual e emocional da viagem, as pessoas que conosco viajaram são componentes indispensáveis. Algumas pessoas nunca antes vistas passam, por vezes, a sensação de amizades antigas, tão amistoso era o ambiente em que o aperto das redes parecia unir ainda mais cada um (mesmo que alguns chutes noturnos fossem inevitáveis e precisos). Acho que essa é uma sensação comum entre mochileiros.

Minha tia e agora mãe não poderia ter nos recebido melhor aqui em Manaus. Meu corpo agradeceu profundamente o banho de piscina, o almoço (feijão!!!) e o colchão para dormir.





Já começo a me despedir dessa cidade com uma grande sensação de que deixo uma segunda casa para trás. Aqui voltarei com certeza para conhecer o Teatro Amazonas por dentro (a visita interna custa R$ 10,00 e eu não estou disposto a pagar agora).

Apesar da coriza que o "Nélio Correa" me deixou de presente, estamos bem e prontos para seguir viagem. Próxima parada, Boa Vista.

4 comentários:

Unknown disse...

Muito bom esse resgate sociológico do Rio Amazonas. O ato de pedir destas crianças ribeirinhas pode ter por trás diversas famílias com culturas diferentes, que vão se perdendo pela colonização e urbanização destas áreas.

Espero que este ato de pedir seja necessário, e não viciante/supérfluo.

Seria bom que vocês tivessem descido lá para conversar com estes ribeirinhos, que tenho certeza, iriam acolher vocês muito bem.

Anônimo disse...

Boa viagem, meus caros.
Espero que tudo dê certo pra vcs, com certeza.
Especialmente ao meu querido irmão, juízo e tudo de bom. Eu te amo, seu porra!

ate a volta...

Thiago Gomes da Silva - Gael disse...

Brutal irmãos! o/
"Reflexões no rio Amazonas me deixou com inveja"

imagino quanto phoda deve ser =D
feliz por vcs

Thobias disse...

Por mais cúbico que seja o espaço, as horas de tédio deveriam ser realmente confortadas pelas reflexões. É sempre vigoroso um cachimbo em aliança com a natureza pura para filosofar.

Passar bem tropeiros.