
Bueno...por onde começar?
Depois do encerramento das atividades do FSM nós decidimos que seria mais seguro
passar a noite anterior anterior a partida já devidadamente acomodados no "Nélio Côrrea", barco que seria nossa casa por aproximadamente sete dias interminaveis. Mas o que parecia ser uma jornada entediante pelo Amazonas acabou se tornando um etapa, no minimo, peculiar da nossa viagem. Conhecemos, mochileiros de São Paulo, Minas Gerais, Alemanha, Inglaterra, Venezuela, e até um "astro" de Bollywood.
Fizemos logo amizade com a tripulação, o que nos valeu, graças à Isaura, uma heroina da tripulação, o que sobrava do almoço deles para cozinhar. Diga-se de passagem, uma comida muito suculenta e proteica.
Vimos muitas casas ribeirinhas pelo caminho, e eu, particularmente, mesentia no lugar mais isolado do mundo pensando no umbigo do meu que é Campina Grande. Dava tempo pra ler, por causa do tédiom e por incrivél que pareça, sentimos frio paca no meio do Amazonas.
Nessa altura já estavamos "intimos" dos nossos vizinhos de rede, mesmo porque estavamos práticamente viajando uns sobre os outros. Eu estava do lado de um(olha só) paraibano, de Pombal, e de um inglês meio perdido no meio de "tanto Brasil".

E assim se passavam os dias a bordo do Nélio, que depois de algumas paradas se tornou uma selva de redes, que nos dava ligeira impressão de estar um pouquinho(só um pouquinho) lotado, mas enfim. Fazer o que?
Importante salientar que por acaso conhecemos também varias pessoas que estavam indo para Venezuela, nosso próximo destino, e conseguimos contatos importantes para essa nova etapa.
E tudo seguia com calma, muita calma, até que chegamos em Prainha.
Lá, talvez por um erro de calculo da tripulação do barco, demos de cara com uma fiscalização da marinha, provavemente do projeto Rondom. Pensando bem, isso definitivamente não estava nos planos deles....
Subiram fiscais da Marinha a bordo. Depois de uma movimentação um pouco nervosa chegou aos nossos ouvidos uma noticia que respondia algumas perguntas(tipo pq o barco estava indo tão devagar, e só pela margem).
Pra resumir: O barco estava com 72 passageiros a mais do que a capacidade, e com um buraco no casco.
Pausa dramatica.
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Recapitulando:
O barco estava com 72 passageiros a mais do que a capacidade, e com um buraco no casco.
Isso mesmo, um buraco.
Começaram as especulações de como, ou se, o barco prosseguiria, e foi dito que isso só seria possivel se pelo menos as 72 duas pessoas descessem do barco.
O capitão chamou o oficial encarregado da Marinha para um "cafezinho", e enquanto isso, fomos explorar o local. Acabamos num bar.
E, bem, eu não sei exatamente como isso aconteceu, mas depois de uns 30 minutos estavamos todos bebendo com o oficial da marinha, e ele, depois de umas brejas, obviamente,disse que iria liberar o barco.

Não sei se foram as cervejas, ou o "cafezinho", ou ambos. Mas o que aconteceu é que seguimos(todo mundo gritando "Viva a Marinha!")
Ninguém desceu (depois sbiu mais gente, mas fazer o que?). E o buraco continuou lá.
Mas o importante é que seguimos.
As noites seguiram um pouco desconfortaveis, porque estavam sempre fazendo drenagem pra que o barco não afudasse.
Mas quem não se lasca não tem historia...
Aos trancos e barrancos chegamos em Manaus, alguns dias mais tarde, mas não sem antes comer de graça no barco( o pessoal ficou com pena da gente que só comia miojo).
Ah, ia esquecendo. Ficamos todos doentes, e melhoramos. Aifomos atacados por uma nuvem de insetos, ai passou. Aí Rafael(esse é novo, depois apresento) foi atacado por um monte de besouros(tá,eu admito, a gente jogou alguns nele...)
Não sei muito bem como aconteceu isso tudo, só sei que foi assim... =D
Não percam os próximos capitulos emocionantes dessa viagem!
obs: Apenas as partes mais ridiculas dessa historia são veridicas!
obs2: Sou obrigado por orgulho a informar q todas as fotos fui eu q tirei =D